Ponant: Explorando o globo com um toque francês
Tivemos o privilégio de navegar por uma nova rota da Ponant a bordo do Le Dumont-d’Urville, um dos seis navios da Ponant com capacidade para 184 passageiros.
A rota “Belize e Honduras: Encontros e Natureza Inesperada” parte de Belize City em direção ao sul até Honduras, para depois retornar. Por oito dias fascinantes, exploramos selvas, vimos ruínas maias, visitamos tribos remotas em ilhas isoladas, observamos os Boobies de patas vermelhas construindo ninhos, testemunhamos acasalamentos de aves Fregates, nadamos e praticamos snorkeling em águas intocadas, incluindo o imenso Blue Hole de Belize, um paraíso para os entusiastas de mergulho, cuja profundidade azul escura contrasta com as águas turquesas ao redor.
São territórios familiares para os cruzeiristas de expedição? Talvez. Mas tudo muda quando o comandante do seu navio ajuda cada passageiro a embarcar nos Zodiacs. Somente se você tiver apreciado a maravilhosa culinária francesa preparada por ninguém menos que Alain Ducasse, um dos chefs franceses mais famosos de sua geração. Somente se a decoração sofisticada do seu navio foi criada por Jean-Philippe Nuel, famoso por seus interiores elegantes e contemporâneos, perfeitos para o exterior elegante e moderno do Le Dumont-d’Urville, e somente se o seu navio pertencer à frota de expedição da única companhia de cruzeiros com bandeira francesa no mundo. A Ponant é uma empresa de cruzeiros de expedição como nenhuma outra. Seu lema é: “Explorar para Inspirar”.
NÃO É NECESSÁRIO FALAR FRANCÊS PARA AMAR A PONANT
A Ponant certamente o leva a amar os vinhos franceses, a culinária francesa, o “joie de vivre” francês e o estilo francês. Sim, o idioma oficial da Ponant é o francês, e você pode esperar que o grupo mais numeroso de passageiros seja francês. Mas cada palestra, cada briefing, cada anúncio também é feito em inglês. Cada garçom nos restaurantes, cada barman e cada atendente de cabine fala inglês fluentemente. Isso marca uma mudança em relação à situação pré-pandêmica, que tinha uma tripulação totalmente francesa. Nunca encontramos problemas de idioma a bordo do navio. E para aqueles que gostam de relembrar o francês do ensino médio, esta é também uma oportunidade perfeita para fazê-lo.
“EXPLORAR PARA INSPIRAR” É A FÓRMULA DE JOSÉ SARICA, DIRETOR DA EXPERIÊNCIA DE EXPEDIÇÃO DA PONANT.
Tivemos o prazer de bater um papo com ele. Aos 20 anos, a paixão de José Sarica por mamíferos marinhos, especialmente as Orcas, o levou de sua França natal para a Universidade de Montreal, onde completou seus estudos e obteve um doutorado em Biologia Marinha em 2004. Juntando-se à Ponant em 2009, ele foi primeiro um especialista naturalista, membro da equipe de expedição. Especialistas nas regiões visitadas pela Ponant, essas equipes de naturalistas são autoridades em flora e fauna, formações geológicas, história e cultura de cada um dos 450 portos e 400 itinerários onde os navios da Ponant navegam. José Sarica tornou-se Chefe de Expedição e depois Diretor de Expedições até dois anos atrás, quando se tornou Diretor da Experiência de Expedição. Sua tarefa é criar novas viagens de exploração e constantemente buscar melhorar os itinerários em todo o mundo. Seu objetivo é construir explorações onde as comunidades locais estejam no centro da experiência dos hóspedes, gastando mais tempo, limitando longas distâncias, tudo para tornar as explorações da Ponant ainda mais excepcionais, envolventes e sustentáveis possíveis.
PERGUNTAMOS A JOSÉ SARICA COMO FOI DESENVOLVIDO O ITINERÁRIO ‘BELIZE E HONDURAS: ENCONTROS E NATUREZA INESPERADA’.
“A ideia para esta expedição veio do Capitão Yannick Simon, que esteve em Honduras em 2000 a bordo do Le Ponant, o iate à vela da Ponant, como tenente. Naquele momento, ele descobriu lugares absolutamente mágicos e conheceu comunidades locais isoladas, incluindo os Garifuna. Tentamos voltar lá já em 2019, mas esses lugares onde ninguém ia mostravam alguma relutância. Então, o Capitão Yannick Simon e eu decidimos encontrá-los para ver como poderíamos criar juntos explorações sem precedentes em Honduras e Belize. A ideia era explicar nossa visão da viagem a eles, falar sobre nosso mapa de exploração, nossos compromissos com eles e o meio ambiente. A palavra “navio de cruzeiro” os assustava, e eles imaginavam hotéis flutuantes com mais de 2.000 passageiros. Portanto, tiramos um tempo para discutir nossa filosofia de viagem, o DNA da Ponant, nossos navios de expedição de pequeno porte (menos de 200 passageiros) e a importância para nós de que nossos hóspedes se tornem embaixadores dessas regiões remotas e pouco conhecidas: protegemos melhor o que conhecemos, é um fato. A chave é construir essa confiança com as comunidades locais. Tínhamos em mente um itinerário específico, mas a beleza da exploração é que você volta no final com algo diferente e ainda mais excepcional”, contou José Sarica.
É ASSIM QUE A PONANT DETERMINA SEUS PORTOS DE ESCALA
José Sarica explica: “O primeiro passo é criar um itinerário com a ajuda de outros especialistas dos vários departamentos da PONANT: Pesquisa e Desenvolvimento, especialistas locais, operações marítimas, operações portuárias. O segundo, talvez o passo mais importante, é encontrar o contato local certo (a empresa de gerenciamento de destinos local – DMC – local) para nos ajudar a organizar toda a logística para tornar possível essa exploração. Apresentamos o itinerário desejado e nossas necessidades, como guias locais para explorar lugares e encontrar atividades significativas e envolventes para nossos hóspedes, aluguel de barcos locais se o Capitão precisar e confirmação se os lugares escolhidos são possíveis. Mas é durante a exploração real… que a magia acontece. A confiança que você cria com a DMC e as comunidades locais que você encontra leva você a descobrir lugares que só eles conhecem. Eles ficam mais cientes de nossas necessidades e do que queremos oferecer aos nossos hóspedes, e aí, saímos dos caminhos batidos. Descobrimos lugares extraordinários, verdadeiras joias com um imenso potencial exploratório. Portanto, é realmente no final da missão de exploração que determinamos os portos de escala que serão selecionados para uma viagem de expedição excepcional e, no caso de Honduras, completamente sem precedentes.”
PERGUNTAMOS A JOSÉ COMO É CONSTRUÍDA A EQUIPE DE EXPEDIÇÃO
“Enquanto fazemos a exploração, estabelecemos rapidamente um fio condutor, uma história para contar. Nesta viagem sem precedentes, ficou claro para mim que, além das populações locais, nenhum dia é igual. Esta viagem marca todas as caixas. Fala sobre recifes de corais, lagoas dos sonhos, mas também sobre fauna e flora excepcionais. Portanto, tivemos que encontrar os perfis certos para explicar todos esses aspectos aos nossos passageiros. Compreender o que se vê é inestimável, e a Ponant atribui grande importância a esse aspecto educacional durante as viagens de exploração. O ‘tour de force’ foi ter dois guias locais de Honduras, fluentes em inglês e francês, além de espanhol, se juntando à equipe de expedição para trazer o destino a bordo e permitir que os hóspedes compartilhem ainda mais com eles em sua experiência diária.”
E QUAIS FORAM OS DESAFIOS NO ITINERÁRIO BELIZE HONDURAS?
José explica: “Em primeiro lugar, a descoberta da ilha de Guanaja, da qual ninguém havia nos falado. Infelizmente, sofre de sua proximidade com Roatan, que atrai os meganavios. Quando a descobrimos, com o Capitão Yannick Simon, eu sabia que tínhamos uma joia em nossas mãos. Encontramos três jovens que queriam destacar a cultura dos Caracoles de Bonacca Cay, e os conquistei. O orgulho que expressavam e o desejo de desenvolver um turismo eco responsável me comoveram profundamente, e eu sabia que havia criado uma experiência única, envolvente e sem precedentes para nossos hóspedes. Em segundo lugar, conseguir abrir as portas do santuário de Cayos Cochinos e descobrir esse povo encantador, os Garifuna, localizado na ilhota de areia de Chachahuate em um ambiente idílico. Por fim, permitindo a comunidades locais como Cuejo y Salado contribuir para a descoberta da história de seu país e descobrir manguezais tão bem preservados que a biodiversidade encontrada é espetacular e surpreendente. Saímos humildes.”
O COMPROMISSO DA PONANT COM CADA DESTINO QUE VISITA
José Sarica explica: “Durante essas missões de exploração, voltamos tão enriquecidos pelas experiências vividas com as comunidades locais, com essa natureza selvagem e espetacular, que queremos mais do que tudo criar laços duradouros com todas essas pessoas encontradas. É por isso que, quando estou explorando, presto muita atenção aos projetos ambientais e sociais que podem melhorar a vida diária dessas pessoas, com o objetivo de que a Ponant possa contribuir financeiramente. Por exemplo, podemos ajudar os Garifuna de Chachahuate a ter acesso à água potável e instalar mais painéis solares para fornecer mais eletricidade a eles (atualmente, eles têm apenas 2 horas de eletricidade por dia). Essas ideias de projeto vêm das minhas missões de exploração, que então apresento ao diretor do departamento de RSE (Responsabilidade Social Corporativa) da Ponant, e ele as aceita na maioria dos casos. Assim, nossos laços com as comunidades são mais fortes e duradouros.”
“BELIZE E HONDURAS: ENCONTROS E NATUREZA INESPERADA” DA PONANT SERÁ REPETIDO NO OUTONO DE 2024.
O compromisso da Ponant é melhorar constantemente a experiência dos passageiros de ano para ano. No caso deste itinerário, estão previstas poucas mudanças, pois o feedback dos capitães, líderes de expedição e convidados tem sido positivo. Ainda neste mês, serão realizadas reuniões na sede da Ponant em Marselha para eventuais ações corretivas destinadas a melhorar a experiência dos convidados. Mas, como diz José Sarica, “Infelizmente, a única coisa sobre a qual não posso intervir e que pode afetar a satisfação dos convidados é o tempo!”
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