Ponant: Num cruzeiro ao Polo Norte
O Polo Norte está na lista de desejos de todos, mas poucos de nós se aventuram nele. Principalmente pela dificuldade em chegar lá, medo de se perder numa tempestade de neve e de morrer congelado ou medo em dar de cara com um urso polar com 3 metros.
Por isso, procuramos mantos de glaciares, vislumbres de baleias e experiências árticas noutros locais. Isto porque preferimos o conforto do lar e os planos de refeições regulares.
Mas o Le Commandant Charcot da Ponant, com o nome do cientista polar francês, médico, medalhista olímpico de prata em vela e líder da expedição ártica francesa de 1904-7, Jean-Baptiste Charcot, é o único quebra-gelo de luxo e o navio de cruzeiro de classe Polar 2 do mundo que oferece uma experiência única no Polo Norte.
O luxuoso navio de cruzeiro de expedição polar tem cerca de 150 metros de comprimento e, com uma velocidade de 15 nós leva quer os passageiros, quer os cientistas pesquisadores, geólogos residentes, glaciologistas e uma companhia de guias internacionais de natureza a um dos lugares mais remotos e inóspitos da Terra.
O Polo Norte geográfico ou Polo Norte terrestre é o ponto no Hemisfério Norte onde o eixo de rotação da Terra se encontra na sua superfície. É referido como o verdadeiro polo norte para distingui-lo do polo norte magnético. A terra mais próxima é a ilha Kaffeklubben, na Gronelândia, e o local habitado mais próximo é provavelmente Alert, que se encontra a 500 milhas de distância em Nunavut, no Canadá.
O itinerário de 17 dias começa e termina na Noruega em Longyearbyen, Svalbard, a cidade mais a norte do círculo polar ártico e uma área selvagem protegida por direito próprio. É uma navegação de 1.186 milhas náuticas até ao Polo Norte.
O exclusivo navio de cruzeiro ultraluxuoso está equipado com uma tripulação de 215 pessoas, mordomos, 123 camarotes/suítes incluindo algumas com jacuzzi privado e terraço panorâmico e a super exclusiva “Shipowners Suite”, dezasseis Zodiacs, um ginásio, piscina interior aquecida, spa e sauna, massagistas e esteticistas, binóculos, um teatro multimídia de 270 lugares, dois restaurantes, entre os quais Nuna (Inuit para “terra”) de três estrelas Michelin Alain Ducasse, nove adegas, champanhe, caviar, foie gras, uma Cigar and Cognac room. E muito espaço no convés.
O ecológico Le Commandant Charcot, movido a gás natural liquefeito e diesel com baixo teor de enxofre, é impulsionado e dirigido por dois gigantescos Azipod.
Já não existem mais sextantes. Um helicóptero explora 40 milhas à frente do navio que está equipado com sonar, o Sea Ice Monitoring System (SIMS). O navio tem também a sua própria estação meteorológica no convés superior e instalações de pesquisa no valor de 9,7 milhões de libras.
No Polo Norte não há muito para ver que não seja preto e branco. As coisas mais coloridas são os bebedores do bar Silak (Sky). Mas há algumas coisas a levar em consideração. Como informações sobre as 1,8 milhões milhas quadradas de gelo do primeiro ano, pancake ice, brash ice, fast ice e fast carving através do qual o navio navega. Hoje em dia há mais mar, já que a camada de gelo ártica reduziu cerca de metade comparativamente a 1985. Muitos cientistas preveem que ficará sem gelo até ao final da década de 2030.
O navio visita praias árticas como Lomfjorden, a colônia de guillemots Brunnich de Alkfjellin, o rebanho de renas em Palanderbukta, as 200 morsas em Kapp Lee e é possível caminhar pela tundra negra de Burgerbukta com os seus salgueiros de meia polegada de altura.
Também é possível andar de kayak nos blocos de gelo de Ekmanfjorden e plantar a sua bandeira nacional no Polo Norte. Tudo com guarda-costas treinados em combate corpo a corpo. Definitivamente uma experiência extraordinária!
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